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Uma reprovação pode ter vários motivos, sendo necessário avaliar o que levou a criança ou o jovem a um mau resultado.
Por Mônica Donetto Guedes
A maioria das escolas entrega os boletins aos seus alunos em dezembro. O resultado nem sempre é a aprovação de todas as crianças e todos os adolescentes. Começam, então, as culpas e desculpas por um ano escolar que não transcorreu de forma tranquila.
Uma reprovação pode ter vários motivos, sendo necessário avaliar o que levou a criança ou o jovem a um mau resultado:
Falta de estudo: o adolescente, por exemplo, vive um período no qual uma certa fantasia de onipotência o faz acreditar que no final tudo acaba dando certo. Por isso, posterga os estudos até o fim. No caso dos menores, a falta de orientação e planejamento em casa pode levá-los a um resultado ruim.
Dificuldade de aprendizagem: crianças que apresentam defasagem de conteúdos das séries anteriores começam a se deparar com determinadas matérias escolares que se tornam impossíveis de compreender. Se não há resgate dos conteúdos, elas ficam impedidas de prosseguir.
Deficit cognitivo: crianças e jovens que apresentam imaturidade cognitiva não conseguem acompanhar algumas matérias que dependem de um pensamento mais abstrato.
Inadaptação à proposta pedagógica: muitas vezes a mudança de método não é positiva para algumas crianças. Mudanças radicais como de uma escola tradicional conteudista para uma escola construtivista ou vice-versa podem trazer problemas à adaptação e ao desempenho da criança.
Vínculo negativo com a escola: muitas vezes a criança não se identifica com a escola e um dos motivos pode estar em uma dicotomia entre a proposta da instituição de ensino e o modo como a família pensa a educação. Por exemplo, os pais escolhem uma escola tradicional com regras fechadas e em casa são extremamente liberais.
Vínculo negativo com o professor: algo na relação da criança com o professor a impede de aprender com ele.
Problemas na família: crianças e jovens que viveram situações difíceis ao longo do ano, como perda de um familiar, separação dos pais, nascimento de um irmão ou mudança de cidade, estado ou país, às vezes não deixam transparecer a dor e a tristeza e acabam por expressar o sofrimento através dos resultados escolares.
Por isso, não é justo acusar a criança ou o jovem pelo seu empenho e desempenho ao longo do ano. Os pais precisam compreender que a sua participação é fundamental para que a situação possa ser transformada.
Também não vale culpar a criança ou o jovem pelos resultados! Qualquer uma das situações acima é um sinal de que eles estão precisando de ajuda. Muitas vezes, apenas a sua ajuda como pai ou mãe, outras vezes de uma ajuda mais especializada.
Os educadores devem comprometer-se e orientar os pais, ao longo do ano, a fim de que mudanças possam ocorrer na história escolar de uma criança que vem apresentando problemas. Os pais, por sua vez, precisam confiar nos pedagogos e psicólogos escolares e nas suas orientações, pois certamente são profissionais capacitados a oferecer os caminhos… Se você não confia e não reconhece o potencial desses profissionais, então é melhor rever a sua escolha pela escola.
É bom lembrar que, para algumas crianças, uma reprovação escolar é extremamente organizadora e pode ser o início de uma nova fase. A partir de uma reprovação, o jovem aprende que não existe mágica e que precisa se comprometer; a criança pequena amadurece e passa a aprender de forma mais tranquila.
Mas fique atento desde o início do ano! Se depois de uma reprovação a criança começar a apresentar novamente um dos problemas acima descritos, não espere o ano passar. Ele passa muito rápido!
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