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Não esqueçam que o comportamento dos pais é modelo para a criança em formação e seu filho pode sair repetindo ofensas e ameaças por aí. Além disso, a criança não deve passar por isso, pois a figura do pai e da mãe deve ser preservada. A guerra do marido e da mulher só interessa a ambos.
Por Márcia Mattos
Dificilmente encontramos alguém que não busque um relacionamento. Quase todos procuram encontrar alguém para uma vida a dois, mas nem tudo são flores! Afinal, viver a dois exige lidar com diferenças e contradições o tempo inteiro, assim, entendemos que todo casal tem suas brigas. O problema é quando essas brigas são abertas ao público, principalmente aos filhos.
A criança não precisa viver num mundo de faz-de-conta, pensando que todos são felizes o tempo inteiro, pelo contrário, é importante perceber as divergências e aprender a lidar com elas de forma madura. Desta forma, é saudável que perceba que seus pais possuem ideias diferentes em determinados assuntos, que não são iguais, mas que resolvem suas divergências com respeito mútuo.
Sabemos também que algumas brigas de casal são mais sérias, palavras mais fortes são ditas, ofensas são trocadas, tom de voz fica alterado … agora imaginem: um adulto assistindo a uma briga dessas de um casal de amigos sente-se, no mínimo, constrangido, não é? E o filho do casal, quais sentimentos não se passam por ele?
A criança não tem condições de elaborar esses momentos, de modo que assistir ou até mesmo participar das brigas dos pais, pode comprometer seu bem-estar. Os sentimentos e reações são os mais diversos. Há casos, por exemplo, em que a criança sente-se culpada pela briga e começa a fazer sintoma. Pode somatizar, apresentando no físico algum problema, como alergia, febre etc ou apresentar mudança de comportamento, alteração na escola, ficar triste, agitada, agressiva, dependendo de cada uma.
Alguns casais chegam a incluir os filhos nas brigas, pedindo que tomem partido de um em detrimento do outro. Cuidado! O lugar da criança na família é de filha dos dois e não de juíza. Solicitar que entre na guerra do casal defendendo um ou outro é exigir que comprometa a imagem de um dos pais e, consequentemente, os sentimentos da criança. Ainda não é possível que ela se isente dos sentimentos por ambos para discernir entre o certo e o errado.
E quando desmoralizam a imagem do outro junto à criança? Muitas vezes o filho ouve coisas do tipo: “seu pai é um banana!”; sua mãe é uma incompetente!” e por aí vai …
Outra situação também complicada é quando os pais fazem joguinhos como: “vou sair de casa e deixar você só com sua mãe!”; “quero ver quando eu for embora se você vai cuidar da casa e dos filhos como eu!”
Não esqueçam que o comportamento dos pais é modelo para a criança em formação e seu filho pode sair repetindo ofensas e ameaças por aí. Além disso, a criança não deve passar por isso, pois a figura do pai e da mãe deve ser preservada. A guerra do marido e da mulher só interessa a ambos.
Quando as brigas forem mais sérias, não exponha os filhos a elas, pois a criança tem seu sentimento de segurança abalado, pode confundir o desentendimento dos pais, por falta de amor por ela. Pode viver com a angústia e o medo da separação. E aí, pode ser que a separação de fato aconteça, então pode ser mais complicado para a criança aceitar. Por outro lado, pode ser que depois da briga, o casal fique bem, se acerte, mas a criança já pode estar marcada pela insegurança.
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